quinta-feira, 24 de novembro de 2011

PROCESSO DA MONOGRAFIA

            Significou uma grande conquista; Foi uma das formas de colocar para fora tudo aquilo que estava transbordando dentro de mim (que introjetei de aprendizado         desde o inicio do curso). Assim como, reorganizar os conteúdos trabalhados no ISEPS e as experiências transpassadas para o meu cotidiano(creche). De forma sistematizada e apoiadas em alguns teóricos trabalhados durante todo percurso do curso. 

No inicio minha maior dificuldade foi desprender das copias, das escritas prontas(livro). Após ter superado estas dificuldades, comecei a escrever, escrever, escrever... “desordenadamente”, porém, descobri que havia sim; muito assunto transbordando dentro de mim. Só faltava organizar a ideias, traçar um caminho reto, sem muitas curvas. E por fim, meu desafio, foi a enxuta dos conteúdos; isso porque, a sensação que ficou foi que o assunto não acabou. Descobri que posso ampliar seguir por vários caminhos dentre as diferentes curvas encontradas pela estrada fora.

      Cristina Porto, minha orientadora,  foi meu eixo em todos os sentidos, desde escolha do tema até o trabalho de parto. Cristina provocou em mim um imenso desejo de escavar minha infância, de pesquisar, de saber mais da época em que fui criança e minhas relíquias de menina. Foi a partir destas provocações que gerou em mim uma nova concepção de infância, que valoriza o brincar, o contato com a natureza (quintal), as brincadeiras de rua, as invenções das crianças, as artes, o que cada uma traz...Enfim, Cristina me orientou durante toda caminhada, mostrando os buracos, os osbstáculos, os desvios, as curvas, os caminhos acessíveis, curtos etc.

       

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

O que me levou a escrever sobre esse tema

Os jogos de faz de conta e as brincadeiras criadas pelas crianças foram ponto de partida para eu dar seguimento a este tema. Ao observar as brincadeiras reinventadas por elas, percebi o quanto estas servem como suporte para que a criança alcance seu desenvolvimento social, emocional, cognitivo e afetivo. 
Bruner citado por Kishimoto“valoriza a brincadeira desde o nascimento da criança, como elemento constitutivo de ações sensório- motoras, que respondem pela estruturaçãodos primeiros conhecimentos construídos a partir do que denomina saber-fazer.Pela brincadeira a criança aprende a se movimentar, falar e desenvolver estratégias para selecionar problemas. A brincadeira tem o papel preponderante na perspectiva de uma aprendizagem exploratória, ao favorecer a conduta devergente, a busca de alternativas não usuais, integrando o pensamento intuitivo. Brincadeiras com o auxilio do adulto,em situações estruturadas, mas que permitam a ação motivada e iniciadas para os que acreditam no potencial do ser humano para descobrir, relacionar e buscar soluções.”

O brincar é fundamental no processo educacional da criança; pois é através do brincar que a criança experimenta, organiza-se, constrói regras; cria e recria,a cada nova brincadeira;  por meio deste, a criança  alcança novos desafios ao mesmo tempo que se torna participante efetiva socio-cultural.  

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Questões da minha pratica


Questões da minha pratica

 No ano de 2010 ao cursar o terceiro período do Normal Superior  no Instituto de Educação Pro Saber , tive o privilegio de  estudar a matéria “o brincar e sua importância na educação infantil” com a professora Cristina Porto. Nas aulas revivi momentos emocionantes da minha infância.   Cristina Porto levou a turma para conhecer e brincar na brinquedoteca da instituição; Foi uma experiência inesquecível. 

No primeiro momento achei desnecessário. Logo percebi que estava completamente equivocada; sem perceber, eu me vi totalmente envolvida pelo espaço, brinquedo e as relíquias de infância. A turma explorou de diversas maneiras a brinquedoteca: surgiram brincadeiras com dama, dominô, quebra cabeça, jogo de encaixe, bonecas de pano, de madeira, casinha, bola de gude, peteca e até brincadeiras de dramatização com fantasias e adereços... A turma se envolveu espontaneamente, socializou  com o espaço, trocou experiências e ressuscitou a criança presente em cada um.





Essa experiência que vivi na brinquedoteca mostrou o quanto o espaço, a organização, a forma de como os brinquedos são oferecidos  exerce influencia no tempo, nas brincadeiras das crianças. Também a mediação do professor é fundamental para criança superar novos desafios. O espaço deve ser organizado de modo convidativo, prazeroso, criativo. Desde então comecei enxergar a real importância da brincadeira, do espaço e da intervenção do professor sobre os mesmos.

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Brincadeira de faz de conta no quintal da creche

Ao frequentar mais os espaços livres da creche, ao preparar os mesmos para  brincadeiras de faz de conta, ao dar mais oportunidades para as  invenções das crianças; Os papéis e modelos do cotidiano foram surgindo espontaneamente em suas brincadeiras, mãe cozinheira, cuidadosa, mãe que amamenta, mãe que briga, mãe que vai ao mercado, pai que faz churrasco, que dirigir, que assiste jogo, mecânico, médico, trapezista, professor, pedreiro, bombeiro... Foi interessante também constatar nesse movimento, o quanto as crianças extravasam seus medos, ansiedades, através dos papeis assumidos; de super herói, princesa, lobo mau, cuca, pai autoritário em fim; pois brincar abre para criança múltipla janela de interpretações, compreensões e ação sobre a realidade. Nesse momento “o mundo vira de ponta cabeça permitindo a criança deslocar da realidade e transitar por outros tempos e lugares, inventar e realizar ações com ajuda de gestos, expressões e ser autora de suas historias e ser outros muitos outros”.
O contato com a natureza foi primordial no projeto “Nosso folclore rico de todo dia”
, facilitou maior interesse por algumas brincadeiras como, soltar pipa, escravo de jó, passa passa gavião, pular corda, pular elástico, galinha choca, cabra cega, bumba meu boi, brincadeiras de parlendas, mitos, acalantos e as diversidades das regiões brasileiras; é claro, priorizando o folclórico brasileiro e lendas indígenas. Essa vivencia proporcionou as crianças uma maior aproximação das referencias culturais e das experiências cotidianas familiares e de outros espaços como o da mídia; hoje bem presentes em suas vidas como conteúdos de seus processos de imaginação e de criação; não apenas reproduzindo, mas recriando. A partir dessas experiências percebo o quanto é fundamental um ambiente estimulador. Nosso papel enquanto professor, é proporcionar um ambiente carregado de cultura, vivencias; muita historia, musicas, jogos, trava-línguas, quebra cabeça e outras mais... É através dessas referencias que a criança vai ampliando sua historia, conhecimento, ao longo da vida. 

sábado, 3 de setembro de 2011

Tema de investigação: " Por que o brincar não pode perder seu espaço na educação Infantil?"

Meu desejo por este tema surgiu a partir  dos conflitos e questionamentos na creche onde trabalho sobre o brincar por brincar, o brincar como atividade dirigida e o tempo estipulados a estes; da preocupação com as transformações ocorridas nas creches municipais do Rio de Janeiro que diminuíram o tempo e o espaço para as crianças brincarem; A partir daí, comecei a observar a importância    atribuída ao brincar e a percepção dos educadores e profissionais que lidam com crianças da primeira infância.
As brincadeiras de faz de conta, de rua, de quintal, o jogo,  enfim, todas  estiveram "sempre presentes na minha vida", porém "guardadas na memória"; mas somente quando comecei  cursar Especialização em Educação Infantil  no Instituto Superior de Educação Pró-Saber passei a reviver todas estas brincadeiras e a perceber a real importância que estas tem, revividas, questionadas e bem trabalhadas   na educação infantil.  

Brincar com os objetos, com o movimento , com as formas, com a vida, é uma forma de estarmos vinculados à alma de brincante e o brinquedo, por excelência," é um dos meios pelos quais o ser humano manifesta sua sede de invenção.
"Brinquedo de verdade, traduz aquilo que somos" ( Pereira, 2003)

A criança brinca desde bebê, brincando nos mostra que esta vivendo; e apropriando-se desse mundo. É brincando que ela interage com o outro/meio; e aprendendo a lidar com os medos, angustias, perda enfim. O brincar é importante para desenvolver a capacidade de pensar, de aprender e criar.
Brincar é uma linguagem Natural. É através dela que mais aprende e se desenvolve.
 ( Livro Brinca/res- organizadores Alyson Carvalho, Fatima Salles, Marilia Guimarães e José Alfredo Debortoli

           

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Chamada da aula do dia 25\ 8\2011

Na elaboração da monografia, minha maior dificuldade no momento tem sido reorganizar as informações obtidas durante as leituras e formular as observações do meu dia a dia de creche. 

"Ficção ou imaginação é o tempero do brincar"

                 Participei de uma festa Jesuíta estilo festa junina; houve participação de cantores gospel. Durante as apresentações uma cena despertou minha atenção: Uma criança próxima ao palco, sentada no chão, com duas latas de coca-cola e dois palitos de churrasco, brincando no mundo imaginário (tocando bateria).
Fiquei impactada com a relação de ludicidade. Essa ação revelou o quanto é importante oferecer espaço, criar relações e condições para criança mergulhar neste mundo fictício, do faz de conta.    
                “Por isso é que, para a criança, qualquer objeto pode se tornar um brinquedo. Ela tem em sí mesma um impulso que a faz querer brincar, que a dar novos significados às coisas materiais e imateriais. É uma das mais importantes maneiras que ela tem de se relacionar com o mundo, para assim, apreendê-lo e compreendê-lo, é o brincar. Eliza Santa Rosa (1993, p.16) nos diz que "aos olhos de uma criança, tudo é brinquedo" e que a grande dificuldade que ela tem é de NÃO brincar.   (Livro brincar(es), organizadores Alysson Carvalho, Fátima Salles, Marília Guimarães e José Alfredo Debortoli).          
Para Vygotsky, ao reproduzir o comportamento social do adulto, em seus jogos, a criança combina situações reais com elementos da sua ação fantasiosa. Esta fantasia surge da necessidade da criança em reproduzir o cotidiano da vida do adulto no qual ela ainda não pode participar ativamente. No entanto, esta reprodução necessita de conhecimentos prévios da realidade externa. Por isso, quanto mais rica for à experiência humana, maior será o material disponível para suas imaginações que irão se materializar em seus jogos.