Meu desejo por este tema surgiu a partir dos conflitos e questionamentos na creche onde trabalho sobre o brincar por brincar, o brincar como atividade dirigida e o tempo estipulados a estes; da preocupação com as transformações ocorridas nas creches municipais do Rio de Janeiro que diminuíram o tempo e o espaço para as crianças brincarem; A partir daí, comecei a observar a importância atribuída ao brincar e a percepção dos educadores e profissionais que lidam com crianças da primeira infância.
As brincadeiras de faz de conta, de rua, de quintal, o jogo, enfim, todas estiveram "sempre presentes na minha vida", porém "guardadas na memória"; mas somente quando comecei cursar Especialização em Educação Infantil no Instituto Superior de Educação Pró-Saber passei a reviver todas estas brincadeiras e a perceber a real importância que estas tem, revividas, questionadas e bem trabalhadas na educação infantil.
Brincar com os objetos, com o movimento , com as formas, com a vida, é uma forma de estarmos vinculados à alma de brincante e o brinquedo, por excelência," é um dos meios pelos quais o ser humano manifesta sua sede de invenção.
"Brinquedo de verdade, traduz aquilo que somos" ( Pereira, 2003)
A criança brinca desde bebê, brincando nos mostra que esta vivendo; e apropriando-se desse mundo. É brincando que ela interage com o outro/meio; e aprendendo a lidar com os medos, angustias, perda enfim. O brincar é importante para desenvolver a capacidade de pensar, de aprender e criar.
Brincar é uma linguagem Natural. É através dela que mais aprende e se desenvolve.
( Livro Brinca/res- organizadores Alyson Carvalho, Fatima Salles, Marilia Guimarães e José Alfredo Debortoli